Diversidade da flora do Estado Rio de Janeiro
Adriana Quintella Lobão, Genise Sonmer, Marcelo Trovó, Neusa Tamaio
O Brasil é um país com rica diversidade vegetal, representado por cerca de 34.000 espécies, incluindo angiospermas, briófitas e pteridófitas. Essa diversidade está relacionada à vasta extensão territorial (aproximadamente 8.500.000 km) e à grande variedade de clima, solo e geomorfologia, produzindo como resultado final diferentes tipos de vegetação. Esses tipos de vegetação estão distribuídos em seis biomas: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal, Pampa e Mata Atlântica.
A Mata Atlântica originalmente estendia-se desde o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, ocupando uma área entre 1.300.000 a 1.500.000 Km2 e estendendo-se por mais de 3.300 Km ao longo da costa leste do Brasil. Estima-se que a riqueza da Mata Atlântica alcance cerca de 20.000 espécies de plantas vasculares, sendo 8.000 endêmicas. Atualmente restam apenas 11% da vegetação original, distribuída em fragmentos florestais. Os altos níveis de riqueza e endemismo, associados à redução dos habitats fizeram com que este bioma fosse considerado um hotspot, isto é, uma das áreas prioritárias para conservação mundial. A elevada diversidade e endemismo deste bioma está relacionado a um conjunto de variedades geográficas e climáticas que geram diversas comunidades vegetais tais como diferentes formações florestais, restingas, manguezais e campos de altitude.
O Estado do Rio de Janeiro com área de aproximadamente 4.300.000 ha está integralmente inserido na Mata Atlântica e conta com apenas cerca de 15% do seu território protegido por Unidades de Conservação Federais e Estaduais. Segundo o levantamento mais recente da Flora do Brasil (2012), o Estado possui 6775 espécies de angiospermas, sendo 1211 endêmicas. Por volta do século XVI, o Estado do Rio de Janeiro possuía uma cobertura vegetal de 97% de sua área, porém atualmente esta cobertura está representada por 31% de remanescentes. Tais fragmentos encontram-se em locais de maiores declividades das elevações que compõem a Serra do Mar e os Maciços litorâneos, assim como em propriedades particulares. As principais ameaças à Mata Atlântica no Rio de Janeiro são a especulação imobiliária, expansão agropecuária, queimadas, presença de dutos para transporte de minério e gases, espécies invasoras, extrativismo, dentre outras.
Apesar da intensa perda da cobertura vegetal original, o Rio de Janeiro é um dos estados com maior biodiversidade do Brasil destacando-se como território estratégico para a conservação da Mata Atlântica. Entretanto, para pensarmos em conservação deste bioma é necessário conhecê-lo. Um dos objetivos da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), assinada pelo Brasil, é a ampliação do conhecimento sobre as espécies vegetais. Sendo assim, é de extrema importância a realização de estudos da flora fluminense. Alguns projetos encontram-se em andamento destacando-se o inventário da flora do Rio de Janeiro e estudos interdisciplinares.
Fontes consultadas:
ROCHA, A. A. e COSTA, J. P. O. (editores) Não Matarás - A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e sua Aplicação no Estado de São Paulo. São Paulo: Terra Virgem / Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, 1998.
STEHMANN, J.R., FORZZA, R.C., SALINO A., SOBRAL M., COSTA, D.P., KAMINO, L.H.Y. (editores) – Plantas da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009.
BERGALLO H.G., E.C.C. FIDALGO, C.F.D. ROCHA, M.C. UZEDA, M.B. COSTA; M. A. S. ALVES, M. VAN SLUYS, M.A. SANTOS, T.C.C. COSTA e A.C.R. COZZOLINO. Estratégias e ações para a conservação da biodiversidade no Estado do Rio de Janeiro. 1. ed. Instituto Biomas, Rio de Janeiro, 2009.
CAMPANILI, M.; SCHAFFER, W.B (organizadores). Mata Atlântica: patrimônio nacional dos brasileiros. Brasília, MMA, 2010.
SILVA, N.M.F. da, CARVALHO, L.A.F. de, BAUMGRATZ J.F.A. O Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro: um expoente na história da flora brasileira. Rio de Janeiro, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2001.
O Brasil é um país com rica diversidade vegetal, representado por cerca de 34.000 espécies, incluindo angiospermas, briófitas e pteridófitas. Essa diversidade está relacionada à vasta extensão territorial (aproximadamente 8.500.000 km) e à grande variedade de clima, solo e geomorfologia, produzindo como resultado final diferentes tipos de vegetação. Esses tipos de vegetação estão distribuídos em seis biomas: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal, Pampa e Mata Atlântica.
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A Mata Atlântica originalmente estendia-se desde o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, ocupando uma área entre 1.300.000 a 1.500.000 Km2 e estendendo-se por mais de 3.300 Km ao longo da costa leste do Brasil. Estima-se que a riqueza da Mata Atlântica alcance cerca de 20.000 espécies de plantas vasculares, sendo 8.000 endêmicas. Atualmente restam apenas 11% da vegetação original, distribuída em fragmentos florestais. Os altos níveis de riqueza e endemismo, associados à redução dos habitats fizeram com que este bioma fosse considerado um hotspot, isto é, uma das áreas prioritárias para conservação mundial. A elevada diversidade e endemismo deste bioma está relacionado a um conjunto de variedades geográficas e climáticas que geram diversas comunidades vegetais tais como diferentes formações florestais, restingas, manguezais e campos de altitude.
O Estado do Rio de Janeiro com área de aproximadamente 4.300.000 ha está integralmente inserido na Mata Atlântica e conta com apenas cerca de 15% do seu território protegido por Unidades de Conservação Federais e Estaduais. Segundo o levantamento mais recente da Flora do Brasil (2012), o Estado possui 6775 espécies de angiospermas, sendo 1211 endêmicas. Por volta do século XVI, o Estado do Rio de Janeiro possuía uma cobertura vegetal de 97% de sua área, porém atualmente esta cobertura está representada por 31% de remanescentes. Tais fragmentos encontram-se em locais de maiores declividades das elevações que compõem a Serra do Mar e os Maciços litorâneos, assim como em propriedades particulares. As principais ameaças à Mata Atlântica no Rio de Janeiro são a especulação imobiliária, expansão agropecuária, queimadas, presença de dutos para transporte de minério e gases, espécies invasoras, extrativismo, dentre outras.
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| Número de espécies de plantas ameaçadas de extinção ocorrentes no Domínio Atlântico segundo Ministério do Meio Ambiente (2008) | Distribuição da riqueza e endemismo, em número de espécies, ocorrentes no Domínio Atlântico |
Apesar da intensa perda da cobertura vegetal original, o Rio de Janeiro é um dos estados com maior biodiversidade do Brasil destacando-se como território estratégico para a conservação da Mata Atlântica. Entretanto, para pensarmos em conservação deste bioma é necessário conhecê-lo. Um dos objetivos da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), assinada pelo Brasil, é a ampliação do conhecimento sobre as espécies vegetais. Sendo assim, é de extrema importância a realização de estudos da flora fluminense. Alguns projetos encontram-se em andamento destacando-se o inventário da flora do Rio de Janeiro e estudos interdisciplinares.
Fontes consultadas:
ROCHA, A. A. e COSTA, J. P. O. (editores) Não Matarás - A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e sua Aplicação no Estado de São Paulo. São Paulo: Terra Virgem / Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, 1998.
STEHMANN, J.R., FORZZA, R.C., SALINO A., SOBRAL M., COSTA, D.P., KAMINO, L.H.Y. (editores) – Plantas da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009.
BERGALLO H.G., E.C.C. FIDALGO, C.F.D. ROCHA, M.C. UZEDA, M.B. COSTA; M. A. S. ALVES, M. VAN SLUYS, M.A. SANTOS, T.C.C. COSTA e A.C.R. COZZOLINO. Estratégias e ações para a conservação da biodiversidade no Estado do Rio de Janeiro. 1. ed. Instituto Biomas, Rio de Janeiro, 2009.
CAMPANILI, M.; SCHAFFER, W.B (organizadores). Mata Atlântica: patrimônio nacional dos brasileiros. Brasília, MMA, 2010.
SILVA, N.M.F. da, CARVALHO, L.A.F. de, BAUMGRATZ J.F.A. O Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro: um expoente na história da flora brasileira. Rio de Janeiro, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2001.
